Exposição realizada na Cidade das Artes
novembro a dezembro de 2021
Um dos mais importantes fenômenos do século 21, a Inteligência Artificial, irá promover transformações que irão moldar o futuro e impactar as experiências sociais e econômicas da humanidade. Segundo Yuval Noah Harari, autor de Sapiens e um dos maiores pensadores da atualidade, “esta é a revolução que possibilitará todas as outras revoluções das próximas décadas”.
À medida que adentramos o século 21, é crucial nos prepararmos para as mudanças trazidas pela Inteligência Artificial, visando usá-las para o bem da humanidade e para uma sociedade mais justa servindo como ferramentas-chave. Organizar exposições é uma forma poderosa de estimular reflexões sobre o tema, combinando arte, entretenimento e informação para tornar o assunto acessível e cativante.
Miguel Colker Idealizador
1. Cérebro-luz
A exposição “I.A. Inteligência Artificial. Irreversível. Agora.” visa chamar a atenção para um tema que não é tão disseminado quanto urgente, os rumos
da Inteligência Artificial.
Durante toda a linha de evolução da humanidade
é comum que grandes descobertas tecnológicas tenham sido realizadas a partir da observação do mundo externo, principalmente de fenômenos naturais. Dessa vez, o cérebro humano é ao mesmo tempo objetivo final, guia e meio.
Essa seção é um convite à reflexão sobre a
inspiração maior da I.A.
2. Linha do tempo
Uma cronologia que apresenta os principais momentos do desenvolvimento da I.A..
O interessante dessa linha do tempo é que
muitas vezes somos surpreendidos com as datas. Por mais que a exposição se desenvolva
a partir de um recorte atual, é surpreendente que a linha do tempo comece em 1927, bem antes do que a maioria das pessoas imaginaria.
3. O que?
Antes de abordarmos a inteligência artificial, é crucial compreender o conceito de inteligência, que carece de consenso entre os especialistas. Apesar das diversas visões, Francesc Torralba Rosselló define inteligência como a capacidade de discernir e tomar decisões. A inteligência, essencialmente humana, tornou-se tanto inspiração quanto objeto de estudo na ciência da inteligência artificial, que busca replicá-la. Apesar dos avanços, ainda é uma área de constante tentativa e compreensão incompleta.
4. Mais dados
Desde a década de 1940, houve pesquisas e estudos sobre inteligência artificial, com marcos como o desenvolvimento de redes neurais em 1943 e o
Teste de Turing em 1950. No entanto, a capacidade inventiva humana superava a capacidade de processamento das máquinas, resultando em períodos de estagnação conhecidos como "invernos" nos anos 70, 80 e 90. Com a explosão da Internet comercial, houve acesso abundante a dados, permitindo avanços significativos na inteligência artificial, marcando a era do Big Data e do Aprendizado de Máquina.
5. E hoje?
A inteligência artificial ajudou no combate a Covid-19? Já existe
uma robô com cidadania na Arábia Saudita? Uma I.A. compôs o
fim de uma sinfonia inacabada de Beethoven?
Muitos são os fatos sobre Inteligência Artificial que não são de conhecimento geral, mas já são realidade comparável à ficção científica. Na exposição, testamos seu conhecimento sobre
essa nova tecnologia.
O reconhecimento facial é uma tecnologia controversa que temos enfrentado. Enquanto compartilhamos livremente informações pessoais por meio de filtros em redes sociais, alimentamos inadvertidamente sistemas de reconhecimento facial. Embora seu uso em segurança pública seja defendido como necessário, levanta preocupações significativas sobre privacidade, dado seu ainda relativo nível de precisão e o impacto na nossa liberdade individual.
Você está sendo filmado. Sorria?
6. O limbo
“Quando se trata de entender nosso futuro com a I.A., somos todos crianças no jardim de infância”, como bem define o cientista da computação Kai-Fu Lee. Estamos cheios de perguntas sem respostas, tentando prever o futuro com uma mistura de admiração e preocupação. Queremos saber o que
a automatização da I.A. significará para nossos empregos, quais mudanças significativas acontecerão na nossa vida em sociedade e por aí vai.
Como a História nos conta, diversas tecnologias foram utilizadas para destruição em massa. A I.A. tem potencial incomparável a tudo que conhecemos. Por outro lado, uma superinteligência nunca vista pode ser a resposta para problemas que os humanos não conseguiram ou quiseram solucionar, trazendo uma era de abundância.
7. Utópicos x distópicos
E você, o que pensa sobre o futuro?
Os utópicos são aqueles que conseguem enxergar
o poder positivo de transformação através da inteligência artificial.
Já os distópicos, são pessimistas quanto ao que
está por vir.
Aqui, a reflexão é levada ao extremo, não tem meio termo. Faça sua escolha e viaje para o futuro.
8. Conhecimento
As decisões atuais estão moldando o futuro da inteligência artificial, refletindo os problemas e questões da sociedade.
É crucial que participemos ativamente desse processo para garantir um desenvolvimento ético. Um exemplo próximo disso é a introdução de carros autônomos, que levanta dilemas éticos sobre decisões de vida ou morte. A Moral Machine do MIT é uma ferramenta que busca entender as perspectivas humanas sobre essas decisões, convidando o público a participar dessa reflexão na exposição.
9. Campo minado
A ameaça representada pela inteligência artificial geral, capaz de se aprimorar constantemente, é destacada por Nick Bostrom em seu livro "Superinteligência". O controle dessas máquinas é crucial para mitigar riscos potenciais, especialmente se considerarmos a possibilidade de emergências onde precisaremos desativá-las. Preocupações sobre um futuro sombrio foram expressas por figuras proeminentes como Stephen Hawking. Portanto, ao considerar o futuro da IA, a maneira como os seres humanos agirão é fundamental.
“A humanidade não deve passar o resto da eternidade desejando desesperadamente que os programadores tivessem feito algo diferente”
Eliezer Yudkowsky
10. Papel como
seres humanos
O futuro da inteligência artificial é incerto, com especulações variadas sobre formas e capacidades, incluindo a possibilidade de superinteligências compactas ou integradas a organismos vivos, podendo até não serem visíveis. Surge a questão se estamos preparados para lidar com tais desenvolvimentos, uma vez que somos os criadores dessas possíveis superinteligências.
O ser humano, historicamente, traçou um caminho evolutivo
de superioridade e, agora, talvez possamos ter uma mudança
de rumo. Mas será que precisamos sempre competir, ao invés de coexistir?
Nesta seção, exploramos a interação entre inteligência artificial e seres humanos por meio de uma experiência coletiva. Utilizando dados de micro expressões faciais, a IA identifica a emoção predominante na sala e propõe uma representação visual desse sentimento. Essa troca entre humanos e máquinas tem o potencial de revolucionar o mundo, pois a IA busca traduzir os sentimentos humanos em imagens, refletindo
como ela nos percebe.
Equipe
I.A. Inteligência Artificial. Irreversível. Agora
Idealização - Miguel Colker
Concepção, curadoria e pesquisa - Ostra Estúdio
Realização - Araucária Agência Cultural
Direção de Arte e Expografia - Rodrigo Franco e Larissa Canesso
Desenho de Luz - Eduardo Dantas
Desenho de Som - Alexandre Elias
Produção - Paulo Dary, Rodrigo Franco e Henrique Botkay
Produção de conteúdo e textos - Rodrigo Franco e Larissa Canesso
Revisão de textos - Mateus de Castro
Vídeo Instalação “Campo Minado” - Vini Fabretti
Instalação imersiva “E afinal, o que significa ser humano?” - The Force
Ilustrações - Ricardo Barata
Áudio-visual - Vídeo Mais
Assessoria de Imprensa - Approach Comunicação
Montagem de Cenografia - Carlos Augusto de Campos
Montagem de Luz - Belight
Araucária Agência Cultural
Diretor geral - Miguel Colker
Coordenação administrativa - Flavia Porto
Coordenação de fomento - Paula Oliveira
Coordenação de produção - Paulo Dary
Coordenação de com. e relacionamento - José Menna Barreto
Coordenação de design - Romy Morgado
Analista fin-adm - Andrew Alves
Analista de produção - Matheus Tederiche
Produção - Marcela Bittencourt
Analista de comunicação - Renata Lages
Analista de comunicação - Vinicius Rodrigues
Analista de design - Jean Wilkerson
Analista de design - Christian Ferro